terça-feira, 23 de março de 2010

• O BBB e a infinita

maldade do público

Ótimo texto da Patrícia Kogut

Antes de começar a prova do líder do “BBB 10”, na semana passada, Pedro Bial comparou o que viria pela frente a uma experiência de laboratório. A associação de ideias não vale apenas para os confinados, que passaram frio, calor, ventanias e atravessaram tempestades graças à ação do público, que, votando via Globo.com, estava instrumentalizado para provocar todas essas situações.

O portal registrou 6 milhões de cliques no total durante toda a prova que durou mais de 13 horas. Não foram 6 milhões de cliques individuais, mas é muito (para se ter uma ideia, uma cidade média, tipo Teresópolis, tem 180 mil habitantes segundo dados oficiais). É o caso de voltar as atenções para este espectador tão atuante que exercitou sua maldade inclemente — apesar da sugestão de Bial (que avisou: “quem vai ajudá-los é a infinita bondade do público”). Os votantes fizeram chover muito mais em Dicesar do que em seus rivais. Não se trata aqui de emplacar um julgamento moral. Primeiro porque não é o que está em questão — esse é um espaço de crítica de TV — depois, porque, francamente, isso não me interessa mesmo. Mas vale uma reflexão a respeito do que aconteceu.

Muito se discute sobre o fato de a televisão tutelar as plateias. Nestes novos tempos que começaram, eis que temos a oportunidade, quem diria, de ordenar o que vai se passar na tela. E o que aconteceu? O público botou pra quebrar. É bom? É mau? Não importa. Pobre Dicesar. Gostei quando Bial, no dia seguinte, deu a ele os parabéns pela coragem. O que ele enfrentou — antes da virada de jogo de domingo — lembrou as piores situações de bullying da escola. Mas isso são outros 500. É mérito do “BBB” conseguir fazer de seu espectador o corresponsável pelo que apresenta. Ninguém mandou jogar pedra, embora a pedra, de repente, estivesse ao alcance de todos. Jogou quem quis.

Falou tudo.

3 comentários:

Eugênia disse...

É! O Boninho conseguiu criar sua versão de “Blame It on Lisa”.

marcelo disse...

Gay tem q se fuder mesmo, ser gay não é apenas opção é uma doença. Pode vir os hipocritas xingarem de homofobico, mas nenhum heterosexual educa os filhos para serem gays. Preconceito de verdade sofre os pobres e os negros. A maioria das pessoas ensinam aos filhos a respeitarem o proximo, indepedente de cor, raça e religião, mas ninguem fala: 'vem meu viadinho do papai' ou 'lesbiquinha safadinha da mamãe'. É muita babação de ovo aos gays, nossa sociedade tem muitos problemas para serem resolvidos.

Shi disse...

Ai mas também não precisa ser assim né Marcelo.
Parece preconceito da sua parte!

 

Usage Rights

DesignBlog BloggerTheme comes under a Creative Commons License.This template is free of charge to create a personal blog.You can make changes to the templates to suit your needs.But You must keep the footer links Intact.

Real Time Web Analytics