CBF veta camisa preta na seleção brasileira para jogos, uniforme será vendido apenas para os torcedoresPela primeira vez, a Nike vai lançar uma terceira camisa da seleção brasileira, mas que não será usada pelos jogadores em campo.
Com o mesmo modelo da tradicional camisa amarela, a peça será preta e vai ser comercializada em todo o mundo. O preço ainda não foi definido pela multinacional.
A empresa vai apresentar o uniforme em junho, um mês antes do início da Copa América. A competição, realizada na Argentina, será o primeiro torneio oficial disputado sob o comando do técnico Mano Menezes.
A camisa foi apresentada pela Nike há seis meses aos dirigentes da CBF, que aprovaram o modelo, mas vetaram seu uso em jogos, inclusive nos amistosos.
Os dirigentes da entidade, que não gostaram da cor, basearam-se no estatuto da confederação para vetar a camisa preta. A entidade disse que a cor fere o inciso terceiro do artigo oitavo do estatuto. Nele, determina-se que os uniformes da seleção brasileira têm que obedecer as cores da bandeira nacional.
Na terça-feira, a empresa vai apresentar a nova versão da camisa amarela. O modelo já vazou na internet. O uniforme vai ostentar uma faixa horizontal verde no peito. A estreia da camisa será no amistoso contra a França, no dia 9 de fevereiro, em Paris.
O modelo azul também será exibido na festa e deverá ter a faixa abaixo do escudo. As camisas serão produzidas com tecido ecológico, feito com o material de garrafas pet recicladas.
Em 2004, a Nike fez uma camisa branca para a seleção, que foi usada somente no amistoso comemorativo do centenário da Fifa.
O uniforme especial foi inspirado na roupa usada em 1914, na primeira partida oficial da seleção brasileira contra o time inglês do Exeter City, no Rio de Janeiro.
A empresa é a mais longa parceira da seleção. O contrato teve início em 1996.
De acordo com o último balanço da CBF, a multinacional destinou R$ 59,1 milhões em 2009 aos cofres da entidade --mais de um terço do que a confederação fatura por temporada com patrocínios. A empresa é a principal financiadora da CBF.
Em 2009, a confederação lucrou alto com patrocínios. Segundo balanço oficial da entidade, arrecadou R$ 164,923 milhões com as empresas que usam a imagem da seleção brasileira.
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Seria sui generis ver a seleção jogando de preto