Tudo começou há cerca de um ano. Os humoristas entrevistaram um homem na Praia de Ipanema e, enquanto isso, a maré levava sua sandália. O grito dele, “cadê o chinelo?”, foi repetido ad nauseam no ar e virou um bordão. Eis a primeira sacada.
Anteontem, Alfinete e Charles Henrique voltaram ao local onde o sujeito trabalhava “acertando a areia” para os donos das redes de vôlei e vendendo pipas. E souberam que ele teria morrido. Contra todos os preceitos do politicamente correto, a dupla começou uma investigação: será que morreu mesmo? O dono da rede garantiu que sim. Já um frequentador do quiosque ao lado afirmou que não (“ele estava aí ontem”). Pelo sim e pelo não, Alfinete e Charles Henrique subiram até o Cantagalo, onde seria a casa do homem. Lá, uma vizinha, percebendo a oportunidade de ter seus 15 minutos de fama se mostrando preocupada com o próximo, foi categórica: “Eu já procurei em todos os hospitais e necrotérios. Ele sumiu”. A dupla acabou numa praça de Copacabana onde o desaparecido teria sido visto. Foi um divertidíssimo telefone sem fio — e sem desfecho. Nem precisava.
O quadro expôs uma das melhores facetas do “Pânico na TV”: sua capacidade de cavar o humor onde aparentemente não há graça alguma.
► Matéria do jornal O Globo de hoje
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